Satisfy myself
Avoid beginners
Who long to shut my mouth
Till I take one of them home
‘Cause I know how it feels
Filling in the blanks
Looking on the bright side
When there is no bright side
Coming in your pants
For the off chance
With a poster of a girl “
[ Poster of a girl – Metric ]
Eu sou, uma daquelas que pessoas que, desde o colégio está e continua estando envolvida em tramas e fofocas e num disse-que-me disse eterno, onde algumas vidas ( a minha, inclusive) parece ser de alguma maneira tão interessante que muita gente sabe o que estou fazendo, com quem e onde muito antes de eu abrir a minha boca.Eu sou uma daquelas pessoas que as vezes, até tenta passar despercebida, mas dificilmente ignoráveis, incluse por quem tenta(tão fracamente), mas tenta. Eu não controlo isso, o que eu escrevo não controla isso, o que eu minto ou omito não controla isso. Então, eu aprendi a viver com isso. A simplesmente ignorar quem ter que ser ignorado, jogar quando o desafio é feito (ou mesmo antes se necessário) e sorrir, sempre. Sorrir, com um drink na mão e um levantar de sobrancelhas.
Resumindo: uma parte do mundo em que eu vivo é um mundo de seriado americano adolescente. E não é que eu seja orgulhosa disso. Eu simplesmente não ligo.
Eu disse apenas, uma parte. Mas é fácil saber por que. Assim como talvez haja alguma explicação para o fato de existirem algumas outras tantas pessoas fascinadas por outras coisas que eu faça, venha a fazer ou seja ou que elas imaginem que eu faça ou seja. Eu sei fazer as coisas.
Ao que me proponho, faço bem e muito bem (e digo tudo mesmo). Mesmo quando não tento tanto quanto deveria. Mesmo quando tudo termina uma merda. A minha vida não é menos que cíclica e de uma forma ou de outra, mesmo que ainda que restrito ao passado, eu sempre consigo o que eu quero. As vezes, quase que independente de mim.
Eu não vim aqui pra me gabar. Vim dizer que tenho tudo e tenho nada. A balança sou eu e eu e minha psiquê brigamos sempre para que lado penderemos, eu, meus mundos, minha gente.
Apesar de seis tatuagens, piercing no septo, roupas predominantemente pretas, postura não encorajativa, eu não posso evitar toda uma estrutura de corpo e rosto que me faz parecer frágil.E quem me conhece, sabe que a fragilidade é uma faceta pequena, existente mas bem pequena. Mas a verdade é: eu não tenho vergonha. Senão, eu não estaria aqui agora. Sou tímida sim. Mas eu não tenho vergonha de ser má, de chamar atenção quando obviamente eu quero chamar atenção, de ser fotogênica além do normal, de originar nos outros uma certa imagem mitológica de mim, sem esforço. Assim como não tenho vergonha de não abandonar quem precise de mim, custe o que custar, de falar abertamente sobre o que me incomoda, deme dedicar à minha vida acadêmica por vezes mais do que à mim mesma, de dar meu sangue pelos meus amigos de verdade, de me jogar nos meus relacionamentos como se foram precipícios, de viver, viver, viver, nesse mundo cinza-intenso-multicolorido-depresssivo-ansioso-caótico-caótico-caótico. Eu não tenho vergonha de ser eu, Mayra Lopes Tavares do Couto, nem do que eu penso, do que eu sinto, ou do que não me deixa dormir, esta noite, por exemplo.
Lembrem-se… “Damaged people are dangerous. They know they can survive.”
Mas como diz o über mich, isso, ainda não sou eu.
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