Nem alegre nem triste

Quando eu era mais nova, cons uns 16 ou talvez 17 anos, eu descobri Zeca Baleiro. Me lembro até de, na época do Pré Vestibular, ter matado uma aula para ir a um Pocket Show dele na Modern Sound. Lembro de perder um show dele que eu ia com a minha irmã por causa de drama de namoro.

Na época em que eu descobri, uma amiga minha na época tinha um cd dele que eu amava e vivia pedindo emprestado e nunca achava. Se chamava Líricas e mesmo antes de ouvi-lo, eu já tinha ficado fascinada, pensando, no que eu podia esperar de um cd que se chamava “Líricas”.Um dia, cheguei inclusive a rodar por todas as lojas de cds do centro da cidade tentando achá-lo. Não achei. Por acaso, ontem, nas Lojas Americanas do shopping aqui do lado, estava lá ele, dando sopa, como aquele monte de cds e dvds que você que queria há muito tempo e aparece, do nada.

Ontem, lembrei o por que:

Não quero ser triste
Como o poeta que envelhece
Lendo Maiakóvski
Na loja de conveniência
Não quero ser alegre
Como o cão que sai a passear
Com o seu dono alegre
Sob o sol de domingo…”

[ Minha casa – Zeca Baleiro]

Revendo os últimos acontecimentos da minha vida, há algo mais que se encaixe melhor do que isto?

~ por M. em junho 29, 2009.

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