Outrage. Do ask, do tell.

•setembro 26, 2009 • Deixe um comentário

outragePrimeiro filme visto por mim no festival – Outrage ou, conhecido em português como Fúria.

Um documentário da mostra gay, do diretor Kirk Dick, que tem como tema os políticos gays americanos filiados ao partido republicano que, em tentativa de desviar a atenção sobre a sua própria sexualidade e poderem continuar sendo cidadãos exemplares, cristãos, defensores da instituição familiar e do casamento, se envolvem em campanhas e plataformas homofôbicas.

Quando uma pessoa é escolhida para representar um grupo de pessoas, a questão da sexualidade, deveria ser indiferente. O problema de maneira alguma é o que cada pessoa faz ou deixa de fazer em seu íntimo mas sim quando estas mesmas pessoas se negam a dar assistência a uma parte da sociedade por algo mais do que preconceito: hipocrisia.

Mais do que votarem contra legislações referentes ao casamento gay, legislações que protejam os/as parceiros/as dos homossexuais e contra a adoção feita por casais gays, eles também votam contra legislações que protejam os homossexuais contra crimes de ódio, contra os homossexuais nas forças armadas e, finalmente, contra apoio médico para homossexuais portadores do HIV.

Para continuarem a viver clandestinamente a sua vida dupla, chegam a se submeter a situações como procurar por sexo em banheiros públicos, como o primeiro caso mostrado, de um senador de Idaho e tornar impossível que um ex- amante continue a trabalhar na mesma cidade em que o tal político foi eleito.

O que essas pessoas costumam despertar entre a mídia undergrond (a única a tratar de “assuntos- tabus” como este), jornalistas e ex-amantes ou pessoas gays de uma maneira geral, é um ativismo proveniente da raiva que essas pessoas sentem ao ver pessoas que estão no poder e deveriam proteger seus direitos  continuarem a negar insistentemente que se criem leis em favor da população homossexual.

Isto desencadeou um certo movimento de alguns jornalistas que se dedicam a tirar esses políticos do armário, não sem antes reunirem uma série de provas e depoimentos.

Justificativa

•setembro 24, 2009 • Deixe um comentário

É tanta coisa para ler já na segunda semana de aula que não á tempo de escrever, não dá tempo de ser prolixa.
A solução é fazers posts no twitter, no estilo 140 caracteres mesmo.
Então, por enquanto, eu sou /notaconcept

Closer (ou abrindo a caixa III)

•setembro 18, 2009 • Deixe um comentário

Alice: No one will ever love you as much as I do. Why isn’t love enough?

Alice: Where is this love? I can’t see it, I can’t touch it. I can’t feel it. I can hear it. I can hear some words, but I can’t do anything with your easy words.

Abrindo a caixa II

•setembro 18, 2009 • Deixe um comentário

 

mentira

[De mentida, fem. de mentido, com dissimilação.]
Substantivo feminino.
1.Ato de mentir; engano, impostura, fraude, falsidade. [Sin., na maioria pop. ou fam.: patranha, peta, lampana, lenda, loas, maranhão, cascata, conto, conto da carochinha e (bras.) goma, lorota, lorotagem, conversa, pomada, potoca, poçoca, prego, broca, rodela, gamela, moca, mariquinha, maxambeta, mentira-carioca. ~ V. carapeta (3).]
2.Hábito de mentir.
3.Engano dos sentidos ou do espírito; erro, ilusão:
as mentiras do mundo.
4.Ideia, opinião, doutrina ou juízo falso.
5.Fábula, ficção.
6.Bras. Pop. V. leuconiquia.
7.Bras. RJ Biscoito redondinho e achatado, feito de massa de pão de ló; mentirinha.
8.Bras. MG Pastel1 (1) vazio, sem recheio.

Mentira de nove modas. 1. Bras. As que são contadas por alguém de uma só vez.
Mentira deslavada. 1. Mentira muito exagerada; grande peta.

 

 

desespero

(ê). [Dev. de desesperar.]
Substantivo masculino.
1.V. desesperação.
2.Aflição extrema.
3.Raiva, cólera, furor. [Pl.: desesperos (ê). Cf. desespero, do v. desesperar.]

Dar o desespero. 1. Bras. Irar-se, encolerizar-se, enfurecer-se.
Em desespero de causa. 1. Como última tentativa de remediar ou contornar situação gravíssima. *

Então eu minto. Uma das (poucas) coisas que meu pai sempre me ensinou fora que mentira é uma das coisas mais abomináveis que existem, não há meio de se safar delas a não ser contando mais e mais mentiras e não há escapatória possível. Um dia, a pessoa é pega em seu ato, seja de que maneira for.

Nas épocas em que eu tinha tempo vago e me dedicava a um estudo do comportamento humano, aprendi a juntar cacos como tiques, posturas, linguagem corporal, tom de voz, olhar, a ler indicadores que me apontariam uma possível mentira.

O que os adultos não nos contaram enquanto crescíamos é que, um dia, ainda nos encontraríamos em diversas situações em que mentir é até um ato de piedade. É claro, uma criança encontrará certa dificuldade em distinguir que mentiras seriam “necessárias” ou não.

Mentir como ato de desespero, não é necessário, mas é uma atitude extrema de alguém que viu todos os seus recursos esgotados e que deseja ardentemente, tão somente, dizer a coisa certa.

Não é justificável e em algumas situações, certamente não é perdoável. E ao fazer isso, é preciso ter engendrado em si a sapiência de que, se essa mentira for descoberta, confiança será uma palavra que não se pronunciará mais. Nunca mais.

É ai que entra o desespero e o embotamento total dos sentidos e racionalidade. E mentiras por desespero, só acumulam peso na consciência, um enrolar-se nas próprias pernas e uma derradeira confissão. Quem mente por desespero, nunca aguenta muito tempo sem dizer a verdade. É o desespero, falando mais alto.

 

* verbetes do Aurélio online

Abrindo a caixa

•setembro 17, 2009 • Deixe um comentário

Eu não me lembro de ter-me faltado tanto eloquência em algum momento da minha vida. Eu desaprendi a falar. Nao sei se algum dia já a tive mas ao que me parece, perdi completamente a capacidade de me comunicar, de me fazer entender ainda que minimamente.

Ou as pessoas desaprenderam a ler. E não a ler letras, desaprenderam aou se desinteressaram de ler tom de voz, olhos, choro.E com isso, desaprenderam também a ouvir.

Ballet

•setembro 16, 2009 • Deixe um comentário

Não tem mais volta e ela nunca havia pensado em desistir, nem mesmo quando lhe perguntaram. Não, ela não iria desistir, mesmo que lhe custasse o corpo, dores musculares ou um ou outro osso quebrados, iria em frente, até quando não se sabe, mas seguiria.

Agora, com um pouco mais de equilíbrio e mais atenção para seus erros, se dedicava durante àquela hora, às vezes hora e meia com afinco e atenção descomunal. Empurra o pé para o chão, imagina uma linha te puxando para cima e cada uma de suas vértebras se abrindo, um espaço entre elas com o desenvolvimento do músculo, a cabeça sempre a frente, não vê nada, não vê ninguém, só onde chegar.

Estica-se com a outra perna no ar, os braços acima do corpo, tudo esticado e reto em ângulos não-naturais, eleva-se, cresce, sua estatura a cada momento aumenta.

Passos firmes,pas de valse bem dado, flutuação dos pés, peso, peso, peso.

Tomava consciência de si como nunca antes sem esquecer, da música. Não esquece: mãos,braços, pernas, pés, tronco, cabeça, contagem, música, harmonia.

•setembro 14, 2009 • Deixe um comentário

SAU-DA-DE!

I want to…

•setembro 13, 2009 • Deixe um comentário

Either way he wanted her and this was bad
He wanted to do things to her, it was making him crazy
Now a little crush turned into a like
And now he wants to grab her by the hair and tell her

I want to hold you close
Skin pressed against me tight
Lie still, and close your eyes, girl
So lovely, it feels so right

I want to hold you close
Soft breasts, beating heart
As I whisper in your ear
I want to fucking tear you apart”

[ Tear you apart – She wants revenge ]

Game over II

•setembro 11, 2009 • 1 Comentário

Diante da insistência da pergunta se é uma brincadeira, a única coisa que posso dizer é: Não, não é mesmo.

Duas pessoas (que se amam) separadas e infelizes para o resto da vida

É divertido? Para quem?

•setembro 5, 2009 • Deixe um comentário

Não importa o quanto eu me lave…a sujeira não vai sair.

Está incrustado. Eu nunca vou conseguir te arrancar da minha pele.

Noites parisienses

•setembro 3, 2009 • Deixe um comentário

Paris. Dois corpos na cama entre roupas e meias roupas. Nudez e lingeries, gauloises, restos de vinho tinto em taças espalhadas pelo chão.

A preguiça das primeiras horas pós sono com um som peculiar de domingo, enquanto eles, jornal espalhado na cama, café e cigarros, ouviam…

Drink up, baby
Look at the stars.
And I’ll kiss you again
Between the bars
Where I’m seeing you there
With your hands in the air
Waiting to finally be caught”

Crime e castigo

•setembro 2, 2009 • Deixe um comentário

(…)” isto é um absurdo, uma estupidez! (…) – E se me acontecessse esse horror? De que porcaria é capaz de minha alma! Isto é que é importante: é sujo, é brutal, é mau! …

Mas nem com palavras nem com exclamações podia exprimir sua comoção. Um sentimento d imensa repugnância, quecomeçava a oprimir e a mortificar o seu espírito, desde o momento em que fora ver a velha, tomava agora tais proporções e revelava-se claramente que não sabia onde refugiar-se para fugir à sua tristeza. Caminhava pelo passeio como um ébrio, sem reparar nos trausentes, dando-lhes encontrões e sem saber para onde ia.”

Out of wonderland

•agosto 26, 2009 • 3 Comentários

Chega a hora na vida de qualquer mulher em que ela dá-se conta de que é uma mulher. Com a erotização precoce, isto não acontece quando ela cede sua virgindade ao seu marido. Num período em que adolescentes fazem sexo enquanto ainda brincam com suas Barbies, perde-se todo referencial da passagem feminina para a vida adulta. Antigamente era a menstruaçao, que indicava que, a menina (ou no caso mulher, uma vez que já havia se tornado uma “mocinha”) já estava pronta ou deveria estar, para a vida adulta. É claro que não estava. É claro que se chafurdava em dúvidas mas, a impressão que eu tenho é que, quando tudo era decidido, quando tudo já tinha um tempo pré-determinado, ou as pessoas não contentes com isso se rebelavam, ou aceitavam e eram felizes ou tinham dúvidas, mas não eram atormentadas por elas.

Então Lewis Carroll escreveu Alice no País das Maravilhas e Alice através do espelho;o percalço de uma menina que, perdida estava. Ela seguia cegamente,sem saber bem o porque de sua curiosidade, um coelho branco.

De acordo com a simbologia animal, o coelho é símbolo de uma vida nova e da fecundidade da natureza feminina. Nesta busca incessante, Alice cresce e diminui durante vários momentos da narrativa simulando uma instabilidade com relação à sua própria identidade. O que ela seria, no que estaria se tornando, quem a diria o que é se tornar uma mulher?

Alice nunca consegue colocar as mãos no coelho e o que descobre, é uma vida adulta confusa, onde existem mentiras e tramas.Numa tentativa de refugiar-se do que não conhece, ela foge e ao fugir, já no final do segundo livro, torna-se adulta. Enfim, cresce, não sem antes passar por um itinerárioturbulento de quem não sabe seu tamanho.

Hoje, eu não sei o que é crescer. Muitas vezes, eu acho que sou mulher, mas algo em mim, atrai-se terrívelmente para as coisas da infância. Já ouvi inúmeras vezes a frase para que eu cresça porque comprei algo infantil demais.

Fracassei numa primeira tentativa de casamento, não estávamos prontas. Mas nos queremos mutuamente e tanto e com uma segurança de dizer para sempre e soar nada mais do que natural. Temos pressa da vida a dois. Temos pressa da casa e de responsabilidades.

Mas que sei eu de responsabilidades? Semana passada fora a primeira vez que fiz, sozinha, um prato um pouquinho mais elaborado mas eu não poderia estar mais longe de saber cozinhar. Não sei fazer faxina. Eu realmente tenho dúvidas sobre o que é ser adulto. É pagar aluguel? É se estressar com contas a pagar? É pensar antes de fazer e tomar atitudes impulsivas? Então, acho que não sou adulta.

E então, onde fico eu e meus 23 quase 24 anos? Em que categoria me encontro? Que trajetória terei de fazer? Ao invés de coelho, eu só ouço um incessante tiquetaquear de relógio que não me deixa dormir e nem me guia. E é duro perceber que, em questões de guia, não há ninguém para fazê-lo.

Mas o tempo, ele escorre.

Em uma última referênciaà Alice, uma das partes mais significativas é quando ela em meio a um labirinto, pergunta ao gato de Chesire por onde deve seguir e ele lhe pergunta para onde ela quer ir. Ao responder que não sabe, ele diz que, então, todos os caminhos a levariam a algum lugar. E que caminhos longos ou curtos, tortuosos ou fáceis terei eu de atravessar? E tanto importa o destino quanto a riqueza e grande valia de uma travessia que começou em quatorze de dezembro de 1985? Tem sido por demais doloroso, brilhante, não – tangível e nem descritível, tem sido permeado de culpas e erros mas, acima de tudo, tem sido meu. Meu, diferente de todos os outros, meu, daquela que parece incapaz que pode conseguir as coisas que achava mais distante.

Corro atrás de muita coisa mas diante de tantas outras, sinto que estagno.

Corro atrás, corro atrás, corro atrás e não alcanço. Ao que me parece, o peso dos meus erros me arrasta para trás e eu não tenho uma boa oratória, não sei como expôr intenções honráveis e estas nunca tem um custo alto para atingir seu fim.

Há mais de ano que meu coelho branco se chama estabilidade – com liberdade.

desnudez

•agosto 17, 2009 • 2 Comentários

Queria saber onde está a cabeça dela naquele momentto. Ao que me parece, o olhar dela a transporta para um lugar qualquer outro que nao é a nossa cama e ela começa a viajar. Será uma viagem pelo que acabou de acontecer ou será que outro lugar, outra pessoa, outras coisas?

Nao sei, impossível saber para quem não lê mentes.Entao eu pergunto- meu amor, está pensando no quê? Para onde você foiw Para lugar nenhum, ela me responde. Os olhos de súbito voltando-se para mim, ainda inconsciente da sua própria nudez que, às primeiras fagulhas de consciencia, apressa-se em se cobrir num pudor descabido frente à mim, eu e minha nudez onipresente, de corpo e alma e palavras. Aberta, sempre, perguntando, sempre, falando, sempre.

Não descubro nunca. Olho desconfiada para onde ela olhava minutos atrás no instante em que ela se apressa para se cobrir, sem saber que seus cílios a cobriam tão bem que vestida ela sempre esteve.

Sounds of it.

•agosto 10, 2009 • Deixe um comentário

Sometimes, an invitation it´s just an invitation. What follows it, the words, sounds of the voice, impossible to tell just by talking by the phone, you just have that urge to do it but you just know you shouldn´t.

Shouldn´t, wouldn´t. Won´t you?

Let me just tell you a secret: In a minute. In a blick of an eye. I would drag you to the bed, holping that everything would be the same even knowing that it would not. And then… I would leave. For the first time, I would walk away. Of course, I would be crying, I would not be able to stop the water from coming, but I would not be certain for what I would be crying about.

Would it be for the woman I left, from the person I though I was and knew I´m not or just for knowing that you are the love of my life but I´m not yours?

There are some question a girl does not need to ask yourself.

Only because she is afraid of the answer.