Intra- venoso

Sabia que era só uma questão de.E que qualquer convicção ou certeza seria anulada a partir de. Setava no chão para manter a voz firme, falava baixo para certificar estabilidade. Sem obtê-la, balançava em forma pendular ora batendo na mesa ora no espaço vazio caindo no chão sem nenhum ruído.

A vida, constrangida e devagar, ao som de sua própria voz parecia-se mais com uma vida do que realmente era. Em vida, a contagem era pelo diminuto, pelo que se fora, já passou, pelo tempo que resta. Mais morte que vida falando com sua imaginária morte derradeira, personificada por aquela outra voz.

A certas horas, na falta de água e de ar, engole-se em seco antes de.Até que. Pronto, escorreu. Deixa passar.

É mais que possível uma conversa inteira à menção da única palavra que faz a conversa ser possível. O lugar onde descansam dias de outrora, sensações que de tanto sentir, físicas se tornam, peitorais. O lugar onde minha vida parou.

Ombro. Cheiro. Tamanho. Voz. Calma.

Ausência. Ansiedade. Dor. Tempestade.S.

Dura mais do que as horas de dormir. Entra pelos. Mora no – tem-po.

(P.S. Lacunas deixadas intecionalmente. Preencham à maneira que mais lhes convenha.)

~ por M. em julho 22, 2009.

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