Nós sempre teremos Paris/Justify my love


Eu culpo você, por me fazer eu me apegar demais ao lugar, já que nunca pude amar você.
Eu culpo você por ter feito de mim mulher, sem que precisasse ter necessariamente tirado a minha virgindade, até porque, eu já não a tinha mais.
Eu culpo você por todos os dias, todas as noites, todas as palavras em letras tremidas em meu diário nas quais tive que refletir sobre o que eu queria, para que eu pudesse satisfazer a sua curiosidade, para que você pudesse me satisfazer.
Eu culpo você por prestar tanta atenção no que você dizia, e por ter plantado a dúvida em mim.
Culpo você por ter descoberto, por ter me descoberto, por ter que fazer você adivinhar, por não precisar dizer nenhuma palavra. Eu te culpo por você saber, e me fazer saber também.
Eu culpo porque eu enlouqueci, porque entendi, porque sei a minha forma de expressão mais completa. Culpo porque eu gostava das marcas e não as queria apagadas.

Eu te culpo por você não estar aqui, enquanto você disse que pretendia me tratar melhor. Eu te culpo pela minha frigidez, já que sei do que sou capaz. Eu te culpo por não ser nunca igual.

Eu me culpo por não te querer. Me culpo por não ter te ligado, por estar tendo pensamentos recorrentes, por estar apaixonada por outra pessoa, por ter pseudo me declarado, por ter sido
ignorada e ter lidado com isso tão mal. Me culpo por não conseguir mais te amar, por não chorar mais por você, por ter me acostumado ao casual, por ter cansado dele, por ter, aparentemente, agora cansado de homens, inclusive de você. Me culpo por que você me entedia, porque me dá sono, porque ficou morno; e eu quero mais ou então, não quero nada.

Culpo ambos por termos feito de nós partes um do outro, culpo a nós pela não despedida e pela falta de criatividade, pela rotina, pela permissão, pela intromissão, pela violação.
Os caminhos agora são dois. Você por um e eu por outro. Chegou a hora.

~ por M. em junho 18, 2006.

Uma resposta to “Nós sempre teremos Paris/Justify my love”

  1. comentário antes de ler o post, respondendo ao seu no meu blog:
    você ainda não chegou em port III. e quando chegar, não vai ser com a minha professora. deus está cuidando de você.

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