"Pacote"

Eu já decorei e já calculo sozinha o peso. Já me acostumei com todas as coisas, com o corpo, o peso dele, com as preferências, com o q siginifica aquele carinho, com a respiração e os cabelos mais longos que o meu. Com as observações fora de hora e das merdas que se fala, com a casa vazia, a televisão ligada, o cheiro e gosto de cigarro e maconha, com a força, e as mordidas, com a água caindo e com os hematomas que ficam em mim. Com o silêncio q eu odeio, e de ficar mto cansada ou de já estar muito cansada. De quase adormecer. Já me acostumei com tudo isso, embora ache q não devia. Embora saiba que um dia isso vai acabar, pq eu vou pôr fim, pois vou ter chego ao limite, e enquanto esse dia não chega, a gente se ilude, achando que vai ser melhor ter essa compahia deliberadamente, achando q isso vai nos satisfazer, enquanto que só faz com que nosso emocional saía prejudicado.Gostamos um do outro, um gostar sem pretenções, um gostar q não adianta tentar explicar, pq não tem explicação. É tesão e ponto. Mas isso não basta, nunca bastou. Eu já chorei, uma vez, já senti falta quando tentei deixar isso p/ trás, foi se tornando como um vício, mas o vício é do tipo mais perigoso, físico em vez do psicológico, e meu corpo acha q precisa disso. Mais mais cedo ou mais tarde (mais cedo, acredito eu) ele vai perceber q não precisa tanto assim pq a faíca q nos impulsina não brilhará mais e começara a piscar. Mais tem seu lado bom, eu tô lidando com um adulto, desde o começo eu fiquei sabendo d toda e qualquer imperfeição, pq nós sempre jogamos aberto. Acho q vou sair PHD qndo sair disso tudo. Tomando conta de um lado e descuidando do outro. Enfim… um dia eu igualo.

Em reabilitação, mas ele continua, pelo menos até a vontade de cuidar do outro lado ser maior. Só não quero continuar me acostumando e decorando.

~ por M. em novembro 2, 2004.

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