continuação, parte II

Ainda durante uma dessas conversas de ontem/anteontem (não sei se duraram tanto assim, mas pareciam eternidades), ele me perguntou o que me traria a felicidade absoluta e um desespero completo.
Eu respondi sobre a felicidade, mesmo não acreditando nela. E a resposta não envolvia ninguém. Envolvia a mim,numa espécie de fuga de mundo dentro do mundo. Fora meio rápido e (quase) sem pensar.
A segunda pergunta, não respondi. Porque eu já tive o desespero completo tantas vezes que eu sei que sempre tem mais. E eu não sei o que mais me traria ele de novo. Eu sei que há possibilidades e elas não param de crescer a cada segundo. E eu não sei o que ele pensou quando perguntou acerca da infelicidade e desespero. Mas sei no que pensei. Ao mesmo tempo… eu não consegui pensar porque eu acho que, neste caso, existirá sempre algo que eu não poderei prever. Algo que será tão fora do que eu quero ou espero que eu não posso sequer cogitar. Como das outras vezes.

~ por M. em dezembro 22, 2008.

Uma resposta to “continuação, parte II”

  1. Mas, você sempre passa por todas esses “algo” incogitáveis agora, nã é? Não sei, tenho essa impressão. Que pode ser deseperador e assustador, levar tempo, deixar marcas, mas que você passa por isso. Quero dizer: sobrevive, mesmo que a situação esteja em aberto, e viva, você sobrevive ao desespero.
    (Minha impressão, não sei.)

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