Em tempos de greve…

Eu não vou perder tempo comentando a minha situação na UERJ – que não tem nada a ver com a greve, diga-se de passagem. Afinal, Pedro II me ensinou a ser bem desencanada com relação a estas. Afinal de novo, um dia eu também vou ser professora, então não vou ficar por aí criticando professor que para de trabalhar porque não recebem aumento há sete anos. Se eu não ache que greve é um mecanismo válido nos dias de hoje, ou eu ache que não realmente funcione visto que na última, que durou uns três meses, cortaram o salário dos profs e eles voltaram rapidinho. Enfim…

O que eu queria contar são as bizarrices que eu presenciei na mesma hora, na quarta antes da greve. Só eu e Laura, meu celular sem câmera e o dela, não tinha potência o suficiente pra registrar.
De um lado do hall da Letras, num dos bancos amarelos, um menino, vestido normalmente, camisa, calça jeans e chinelo, barbudo, cabelo escuro, sentado no banco em posição clássica de meditar, MEDITANDO. De olhos fechados e tudo. As vezes ele mudava a posição das mãos.
Do outro lado, em outro banco, senta um dos meninos da turma de latim e grego, sozinho e… puxa um cachimbo da bolsa, luta pra acende-lo e quando finalmente consegue, fica lá pitando, se achando o Sherlock Holmes.
E eu e Laura pensando: CARA!!!!!!! como pode?
Freak show, total. Acho que a greve, a rampa caindo, a reitoria ocupada, o vestibular, tudo subiu a cabeça do povo.

~ por M. em setembro 16, 2008.