Décimo primeiro

Eu realmente não entendo porque todas as coisas que acontecem na UERJ tem que acontecer no andar de letras. Você chega para a aula segunda feira e dá de cara com corredores nos corredores com várias – não sei, algo que se pretendia uma obra de arte? Obra de terror? Acuamento das ditas pessoas sãs? Realmente, vai saber…
A explicação: Forúm da saúde mental.
Cabeças de bonecas de plástico entre vários garfos (também de plástico – não devem querer correr o risco com metal), canudos, quentinhas amassadas, flores bagaceiras gigantescas, braços e pernas de bonecas de plástico dispostos com outros objetos de plástico de maneira aleatória, cabeças, cabeças, cabeças, quantas cabeças.
Na quarta- feira, em meio às cabeças de plástico, um grupo indígena expondo as suas bijuterias, arte, e mais aquelas coisas de palha trançada num seminário, eu acho, ou palestra,não sei bem, sobre a cultura indígena. No cartaz havia uma águia. Águia nos moldes norte – americanos, que nem deve existir aqui no Brasil.
Índios de verdade sem camisa e com o rosto e corpo pintados ostentando colar. Inúmeras mulheres parando como se estivessem diante de uma barraquinha de bijuteria na feirinha da esquina. A única coisa que eu conseguia pensar foi: eles não tem verginha dessa exposição não? Não digo nem a corporal, mas imagine ter esse bando de mulheres, em sua maioria, admirando como se tratasse de algo inteiramente de outro mundo. Tão exótico quando Iracema e Peri.
Depois disso, e aí ? Nosso andar pode ficar um pouco em paz?

p.s. eu sei que aqui, anda conscistência e até mesmo insistência e vontade zero, ou quase, de minha parte. Vai melhorar logo, espero eu, também.

~ por M. em maio 30, 2008.