Warte

Me irrita um pouco a quantidade de vezes nas quais eu me vejo na situação de estar a esperar. E eu espero e bastante, até. Mais do que eu achava que um dia o faria.
Só que então aparece outra e quando eu não espero. Esta ainda seguindo o que imagino, ou melhor o que eu imagino que não acontece ou aconteça. Mas ela surge muito simpática (como sempre comigo). Mas de uma simpatia calorosa que me acolhe logo no meu momento de ansiedade pela espera.
Sempre pensei que não há algo como doce espera. Espera é amarga, gruda na boca, desce dolorida.
Ela surge e eu, não entro em dúvida ou em crise, talvez. Só que a não possibilidade em mim, eu deixo aberta. Porque sonhei, porque fantasiei. E o sonho, foi sempre sonho, não terminou.
Disso, eu ainda não acordei, embora agora, outro sonho – realidade tenha se imposto e se colocado por cima do primeiro. Por cima da primeira.
E eu não sei se coexistem. Mas ela surge. E eu, no gesto de quem não sabe o que faz, sorrio.

~ por M. em maio 21, 2008.

Uma resposta to “Warte”

  1. “‘Espera’ é amarga (…)” – concordo. É uma ansiedade que gera, tão dolorido.

    Não sei se peguei bem o texto. Por isso, nem vou me estender errando em comentário.

    Beijos!

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