Domingo à noite


Quando ele entrou, eu já estava aqui dentro. Entrou, deixou o meu jantar (hamburguer e milk shake) do meu lado. Ligou o ventilador e foi embora.
Droga! Quem foi que disse que ele podia ligar o ventilador? Agora estou com frio!
Tive o ataque de garota mimada, mas foi como garota preguiçosa que permaneci. Sequer me dei ao trabalho de levantar.
Fiquei aqui, comendo a minha comida, sentada ao computador. Completamente isolada do resto da casa. Batendo com os dedos no teclado e não fazendo coisa alguma, que prestasse. Coisa alguma.
Tinha medo de sentir saudades desnecessárias de alguém que nem sentia de verdade. Tinha medo de criar outra paixãoinha falsa e no fim acreditar, acreditar que estava amando loucamente.
Tinha medo de mentir para si mesma e fazer como sempre fazia:
acreditando em suas próprias mentiras. Elas sim lhe davam algum conforto.
Dessa vez, ela queria uma mentira verdadeira, não uma inventada.

* escrevendo tanto, tanto e sem nada pra dizer.*

~ por M. em maio 1, 2006.

Uma resposta to “Domingo à noite”

  1. O que fazer com tantas cartas na mesa?
    jogue!
    e se jogue?
    De que interessa se a vida é verdade ou mentira? enquanto se pensa o tempo passa.

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