Tenho aberto caminho através do nada.
Sem saber onde chegarei, sem saber sequer se chegarei de fato, a algum lugar.
E é assim que escrevo. Sentada, parada, quieta e de forma homeopática. Às prestações.
Não me faço sentido algum. Sinto como se eu mesma não quisesse me compreender.
E então, não perco mais tempo comigo. Agora eu simplesmente me deixo de lado.
Eu não busco nada, estou sempre à espera. E também não percorro nada, não me apresso. Estou parada, à espera.
À espera do que virá? À espera do que é ser compreensível?
Estou à espera de ser, para então sentir que comecei a viver.

~ por M. em janeiro 15, 2006.

4 Respostas to “”

  1. isso me lembrou clarice:
    “sinto que sou muito mais completa quando eu não entendo”
    e
    “o bom é ser inteligente e não entender”.

  2. assim é que se chega ao zen. No vazio.
    Parabenz.

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  4. Também tenho realizado essa imagem na minha cabeça. Que a vida é uma estrada selvagem e ingrata. Aliás, uma selva sem estrada, nós é que desbravamos e fazemos o caminho. O duro é fazer a imagem de que é uma trilha sozinha e desoladora. Pare e pense em como é a estrada que você projeta na sua mente. Eu caminho nela apenas por instinto. Sinto sede, muita sede e calor, mas não é atrás de água que estou. Não é assim tão simples.
    Nós somos condicionados a caminhar, “keep walking”, não é o que eles dizem?

    Ah, que droga você está se sentindo assim como eu.

    E o pior de tudo é estar sozinho nesse barco.

    Mas, vamos queimar todo sentimento de autocomiseração.

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