Era uma obsessão

I’m sorry

Yes, I know. You should be. But ok…



Helena agora pensava inconformada porque é que tinha o desculpado, perdeu uma noite inteira de sono por aquilo, ficou inquieta, angustiada… Sua época de submissão a ele já tinha terminado há um ano e três meses, que serão completados amanhã. A esse tempo sim, desculparia qualquer coisa, tão cega que era, tão submissa que irritava a todos, até mesmo a ele.

Um dia desses, ela se viu de madrugada, olhando pra uma foto dele em um blog desconhecido, pensando que pessoa era aquela com poderes de enfeitiçar? Duvidava que ele soubesse o que fazia, duvidava que ele soubesse o que era amar de verdade, duvidava que alguém tão jovem pudesse ter amado loucamente tantas mulheres em um espaço tão curto de tempo. Ela duvidava até que tivesse o conhecido como ele é na realidade.

Enquanto estiveram juntos, era a melhor pessoa do mundo, e ainda assim, no começo ela pareceia que seria a única imune a todos os encantos e galanteios dele. Ele a entediava com aquela sufocação extrema, pra ela não passava de um passatempo para quando estivesse sem o que fazer, aborrecida, alguém de quem não fazia exatamente questão. Separaram-se pela primeira vez, como consequencia de um erro dele, e só então que ela se percebeu irremediavelmente apaixonada. Viu-o então abrir mão de suas convicção mais fortes, e até mesmo de um pouco da sua identidade para que ela o perdoasse. Entraram na época mais lírica de suas vidas, ela o amava, ele idem. Ela o escolheu, para ser aquele de quem ela sempre se lembraria, ele a enchia de presentes, queria estampar o apelido dela em seu peito, e ela se sentia mais feliz do que fora em toda a sua vida. No entanto as coisas começaram a mudar e ela apesar de insatisfeita, aceitava tudo, de cabeça baixa, porque amava-o demais e já não se poria em risco de perde-lo, aceitava suas traições, chorava e sofria calada. Apegava-se as migalhas que ele jogava para ela, brigava com Deus e o mundo por ele e acabou se afastando de boa parte de seus amigos, vivia a vida dele, ja não reconhecia a si própria, mas qualquer coisa era melhor do que viver longe dle. Um dia, ela explodiu, e chorou e falou de tudo que estava errado e entalado na garganta dela há muito, pois ela já sentia que estava acabando. Ela falou tudo na esperança de que ele se emendasse e mudasse, mas ao invés ele decidiu terminar, optou pelo caminho mais fácil. Foi então que ela sentiu o chão faltar-lhe os pés e passou muito tempo perseguindo o objetivo de trazê-lo de volta a sua vida.

Não sabia o que tinha aquele menino, que hipnotizava, enfeitiçava e prendia de tal maneira as mulheres que todas com as quais ele se envolvia durante um tempo pareciam um bando de carentes desesperadas e obssessivas. Mas isso tudo acabou e acabou mesmo, por mais que todos perguntassem se o coração dela ainda batia forte, na verdade, perto dele, não batia de jeito nenhum.

Eles se falavam eventualmente, quando se encontravam era por mero acaso, nao eram amigos, longe disso, só mantinham uma relação diplomática e talvez isso nem valesse mais a pena devido a fatos recentes. Otária, desculpou pra quê? Por quê? Agora não adianta mais chorar o leite derramado…




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O calor sufoca, está insuportável… Nunca dormi tanto como nesses dias, acho que estou guardando energias. Finalmente Crime e Castigo acabou, começo Madame Bovary e já tem mais 3 no caminho. vou finalmente pôr a leitura em dia. Sinto que estou negligenciando a escrita.

~ por M. em dezembro 28, 2004.

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