Rendição

Aqui estou eu, escrevendo na lápide, dando os últimos desse blog. Quem diria q um dia iria me desfazer de algo q eu amo tanto e que me veria obrigada a dar o papel principal ao fotolog. As pessoas gostam + da Mayra superficial, sem complicações nem densidade, fútil… Desistir disso aqui, é difícil, quase como se eu tivesse me desfazendo de um pedaço de mim mesma. Dói! Mas o meu objetivo não foi alcançado e eu não tenho o retorno q esperava…Talvez não seja o fim, talvez eu o transforme num blog particular, quem sabe?

Ainda há esperança, mas eu deixei de acreditar nela. Me custa, eu não consigo, acho q me rendi enfim…Obstinação nunca foi meu forte…Eu não consigo projetar 2005 numa parede branca, parece-me algo demasiadamente distante, inatingível, quase como se, não estivesse pra chegar, não fosse existir. E eu tenho crises de choro quando penso nisso. Parece que o ano se perdeu em alguma hora, em algum lugar, justamente quando eu achava q tinha tudo sobre controle. Assim como a minha vida, q anda perdida, vagando por aí, e eu já não quero mais sair em seu encalço como dantes, pois tenho medo, de persegui-la muito para que no fim ela se escape de novo, como água entre os dedos.

Ela tem sido vista, linda, eles dizem… É hora de admirá-la em todo o esplendor de sua tristeza, pois por mais iluminador q seu sorriso possa parecer, ela é muito mais bonita quando está séria. Linda… apenas um exagero de cortesia dessa gente toda q se conhece, ela é nova, saí do carro em cima dos seus saltos, acompanhada de seu amigo (caminhando pra voltarem a ter intimidade…), segura… Noboby really knows her. Mas tudo bem, é essa segurança e tristeza e fragilidade q inspiram os comentários, ele recebeu uma mensagem: está todo mundo dizendo que ela é linda. Linda aonde? Ela também não acredita nisso. Parece em transe, inebriada, dança e presta atenção em volta, fecha os olhos e esquece. Sim, ela consegue, aliás, eles conseguem se divertir, quase tanto como se o transe musical fosse misturado com o alcólico e substancial. São queridos, e paparicados… Ela está começando a se acostumar com o mundo da futilidade que sempre criticou. Está fazendo dele sua nova valvula de escape.

O que há com as declarações? Nunca ouvi tantos “te amo” e “te adoro” expontâneamente. Parece um tanto confuso, preciso me acostumar.

Amanhã é dia… I wish her all the luck in the world.

Só peço que me acordem, no meu aniversário. Faltam 13 dias, exatamente, pra quem não se lembra.

~ por M. em dezembro 2, 2004.

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