The old and the new

Outro dia eu achei em algum lugar aqui no meu computador, um blog antigo meu. Um blog que, se eu não me engano data do começo da Era Bunker, pra mim. Quando eu tinha uns 19 anos.

Era uma época na qual eu já escrevia menos em papel do que em letras de teclado, apesar de dar muito mais atenção ao meu diário do que dou hoje em dia. O engraçado era o nível de exposição ao qual eu me colocava e achava a coisa mais normal do mundo e achava que tinha que ser assim mesmo e se alguém entendesse, ótimo, era para entender mesmo.

Totalmente diferente de hoje em dia que eu fico dando voltas e voltas para falar alguma coisa e não se sabe realmente de quem, quando e de onde estou falando. Isto supondo que eu esteja falando de uma pessoa, época e lugar real.

Outra coisa que eu acho engraçado é que, quando você se relaciona com uma pessoa como eu, que tem um blog ativo e bem, sim, porque não, pessoal, sempre tem alguém (ou alguéns) achando que aquilo é direcionado à ele ou ela. Agora mesmo, consigo pensar numas três ou quatro pessoas que acham que eu estou falando com elas.

Então, já que estão aí, só um recadinho: Não é.

Pode ser no máximo sobre vocês. Mas… guess what… justamente o que vocês acham que é o sobre vocês é que é sobre outros. Entendem?

O problema dessas pessoas é não viverem na minha cabeça. Elas não tem a menor idéia de como as vejo ou já as vi, do que se passa na minha cabeça, em quem eu penso e como a minha vida anda. Deve ser por isso que, quando aparece alguém novo, ninguém nem sabe. Eu fico aqui, falando do novo e ninguém nota.

Fiquem vocês com a Mayra de 19 anos e talvezquemsabe, notem alguma diferença.

~ por M. em abril 23, 2009.

Uma resposta to “The old and the new”

  1. Na época deste blog que te conheci, lembro de lê-lo quase que diariamente. Era uma época triste, sofrida e eu gostava muito de ler seus escritos, a sua aparente vasta cultura sobre tantos temas interessantes.

    Nesta época achava que vc era uma das pessoas mais interessantes com quem eu nunca conseguiria me relacionar, me ressentia de sentir que eu sabia tanto sobre vc e vc nem me conhecia, como não me conhece.

    Engraçado esse simulacro de aproximação que sinto com vc. De todas as pessoas cujos blogs eu tenho a paciência de acompanhar, vc é a única que sempre me chamou super atenção, a única cujos trechos interessantes foram incorporados aos meus diários/cadernos. E das pessoas cujos blogs acompanho, você é a única que eu sempre me ressenti de nunca chegar a conhecer de fato. Tenho uma paixonite com seus textos, a maioria deles.

    Confesso que uma única vez me senti mencionada neles, aquela vez que sentei ao seu lado numa aula do Marcus Motta e fiquei impressionada com o seu sistema de cores e canetas. Fiquei tentando entendê-lo, então acho que fiquei um bom tempo te encarando. rs Depois vc escreveu sobre uma “menina estranha que ficou te encarando em uma aula”. Aí tive certeza que nunca te conheceria de verdade, que nunca seríamos de fato amigas, e sim uma escritora de muito talento e uma leitora/fã.

Deixe um comentário