Because if you don’t…

Nunca soubera como ser um “prorrogador de prazeres”. Ultimamente, achava que havia adivinhado e daí ela. É fato, houve espera mas a espera imposta era o de menos. No meio tempo, davam um jeito de acomodar melhor a elevada quantidade de hormônios que vinham à tona a simples visão de um ao outro.

Mas daí ela. Ela acabara com toda a segurança desde o primeiro dia. Uma palavra que fazia-o confiar em si mesmo e outra que além de retirar a confiança recém instaurada, ainda faziam dúvidas e mais dúvidas surgirem em ascendência. Muitas delas continham impossibilidades que, nem assim, as tornavam completamente inverossímeis.

E daí ela. Um mês e aconteceu.Um mês para que desaprendeu a contar tempo, parece muito. Quem sabe até seja a metade. O tempo todo, apesar de não o querer, foi o fim que ele sempre esperou.

Fim é lógico, é racional principalmente tendo em vista seu histórico de vida. mas neste momento nada em si, nada no mundo, nada nela era racional. A ambos bastava a sombra dos cílios aparecer no rosto para saberem o que queriam e o que corria em torno deles. E era óbvio.

E ele as vezes sentia que extrapolava para um lado oposto pois gostava do ter que achar novas maneiras, do jeito que tinham que achar de serem sem serem tanto, um segredo deles. Das mãos se encostando por baixo da mesa, de cada pequeno insignificante toque que podemos receber de qualquer um mas que somente neles e para eles havia significado e sobretudo dos olhares e sorrisos. Era deles que gostava mais. Era eles que procurava a cada gesto. E conseguia sempre.

Ela era o físico, ela era o carnal. Embora fosse ele que a colocasse neste estado de consciência de corpos e que a levasse para lugares, era ela quem o representava porque ela queria mais porque ela tinha que censurar-se muito mais. E para ele, nem sempre era necessário. Haviam dias em que gostaria manter-se puramente platônico com o mínimo de contato corpóreo possível.

Cada qual com sua barreira a ser levantada. Cada qual com sua marreta a tentar desmanchar o muro do próximo. Um mês.

Deitado na cama,entre a vigília e o sono, lembrou-se do filme e da fala a relacionar-se com ela: “That smile is going to be the end of me”.

~ por M. em março 15, 2008.

3 Respostas to “Because if you don’t…”

  1. Ironia das ironias ser logo a Penélope Cruz. ô mulher horrorosa!

  2. HAHAHAAHAHAHAHAHAHAH tô rindo horrores com o seu comment aki em cima! concordo! horrenda!!

    anyway.. sobre o post… entendo mto! fuck delay… eu amo o fuck delay… pq? não sei. acho que sou masoquista. aliás, acho não. tenho certeza.
    mas sei lah… qdo vc consegue, eh mto mais foda do q seria se conseguisse logo. soh q tb tem o potencial de perder a graça rapidinho depois. mas eu não sou assim… qto mais demora, mais eu dou valor depois.

    anyway… “That smile is going to be the end of me”.

    NEH?!?!?!?!!?!?

    ai…

  3. Hahaha, Mayra. (Rindo do comentário, não do texto).

    “Prorrogador de prazeres”. Nada mal. Sou suspeita a falar.
    Gosto dos detalhes do texto, dos gestos mínimos e tão evidentemente especiais para ela e para ele.

    Beijo.

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