Unreachable

It’s quite a slow disaster
And People keep on falling down
And we wait, we wait
Yes, we wait


Três. Três era o número mínimo de pessoas que se colcavam em situação de alguma conexão física qualquer com ela. Fosse real ou ficcional. Nunca menos de três.
Cabia a ela, aceitar ou negar. Sempre dando a impressão de que a escolha era dela. Seu corpo, sua boca, suas idéias, seu tempo, seu jogo. A escolha era toda dela, dizia. Tinham todos que dançar conforme a sua música cujos compassos eram dados por ela e pelas pessoas ao seu entorno.
Muitas vezes, elas conduziam a um lugar erroneo, longíquo. Longe de si, longe da sua idéia de si, longe da sua imagem de si.
Mas é uma graça, não? – eles diziam.
Eu não consigo deixar você ir embora.
E ela respondia, mentalmente que não havia o que deixar. Ela iria embora. Já estava indo, já havia ido.
Assim que chegava em casa, deitava suas roupas com cheiros todos outros no chão. Não lhe pertenciam mais, até a próxima lavagem.
E ao deitar a cabeça no travesseiro, sonhava sempre com a conexão ou falta de com aquele um que deixou de cortejá-la.
Inalcançável. Ambos.

~ por M. em outubro 22, 2007.

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