Tic tacs

Eram como caixinhas de músicas maiores, vários. A intervalos de minutos e segundos imprecisos uma nova melodia ecoava.
Todos os apartamentos naquela parte da cidade pareciam os mesmos. Enormes, pareciam quase guardarem os mesmos móveis. Parecia um outro universo, como se a cada badalar, como se a cada som, uma nova paisagem surgisse. Novas horas.
Havia o espaço inteiro aberto e desconhecido. Havia espaço e uma dessas situações onde cada momento é cronometrado e tudo que se deseja é: pare o tempo.
Preguiça de voltar para casa, preguiça de assumir o mundo. Preguiça da minha cama, pequena e grande, hoje.

~ por M. em agosto 27, 2007.

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